Festival de Verão 2023: primeira noite traz um panorama da música brasileira contemporânea

Alguns dos principais artistas brasileiros atualmente passaram no palco do evento em encontros que potencializaram a força dos shows

Fonte: www.ibahia.com

Editado: 071Notícias

Quem acompanhou a primeira noite do Festival de Verão 2023 pôde acompanhar apresentações de rap, afropop, axé, MPB e pagode. Alguns dos principais artistas brasileiros atualmente passaram no palco do evento em encontros que potencializaram a força dos shows. Foi um verdadeiro panorama da música brasileira contemporânea.

Foto: Max Haack/Ag Haack

As primeiras apresentações mostram as diversas facetas do rap. O encontro de Felipe Ret e Caio Luccas trouxe o trap, com seu apelo para a dança, uma batida eletrônica pulsante e as letras que tratam das ambições e desejos da juventude, principalmente da juventude negra periférica. Os próprios artistas são jovens que vieram da periferia e servem de exemplo para outros jovens explorarem seus potenciais.

Foto: Max Haack/Ag Haack

Depois foi a vez do encontro entre Orochi e Djonga, que mostraram o lado mais combativo do rap. Com suas letras que colocam o dedo na ferida, sem medir palavras, os dois rappers colocaram no palco do Festival de Verão rimas de protesto sobre questões como racismo e violência. A polêmica “Fogo nos Racistas”, de Djonga, foi o ponto alto da apresentação.

Foto: Max Haack/Ag Haack

Criolo foi o próximo a subir no palco e levou a sua mistura de rap e MPB num encontro com Ney Matogrosso. Eles representam duas gerações de artistas brasileiros que, apesar de distantes, dialogam perfeitamente. Criolo preparou um show que passou por todos os seus álbuns, com rap, rimas fortes, mas também canções e até sambas. Quando Ney entrou no palco, foi a vez de entrar no repertório clássicos da MPB que ficaram marcadas na voz do cantor: “Homem Com H”, “Sangue Latino”, entre outros. Mesmo no palco, Criolo apreciava o momento como um fã.

Foto: Max Haack/Ag Haack

Depois do rap foi a vez do Afropop subir no palco com o show de Margareth Menezes. A artista é uma das figuras mais emblemáticas da música baiana e conseguiu construir uma carreira relevante, mesmo com as dificuldades e os momentos sem o suporte de uma gravadora. Ela convidou outras duas cantoras que têm dado continuidade ao afropop: Majur e Larissa Luz. As três encerraram o show com o maior clássico do gênero, “Faraó (Divindade do Egito)”.

Foto: Max Haack/Ag Haack

O momento mais emocionante da noite foi o encontro de Gilberto Gil e Caetano Veloso. Foi um momento de ver no palco do Festival de Verão um pouco da história da música brasileira, inclusive com uma grande homenagem a Gal Costa. Entre as poucas músicas que Gil e Caetano compuseram juntos está “Divino Maravilhoso”, que ficou marcada na interpretação da cantora, que morreu em setembro. Caetano prestou uma homenagem à artista e revelou uma camisa com o nome de Gal escrito.

Foto: Max Haack/Ag Haack

Nos últimos shows da noite de sábado, o axé que subiu no palco com Carlinhos Brown e Ivete Sangalo. Enquanto ele promoveu um encontro com a pernambucana Duda Beat e a banda baiana ÀTTØØXXÁ. Já Ivete, que até tocou percussão, convidou a cantora Luedji Luna. O encontro inédito marcou a união entre representantes do mainstream e o midstream da música baiana. Juntas, as duas cantaram “Banho de Folha”, maior sucesso de Luedji.

A noite ainda teve um show surpresa de Daniela Mercury que convidou as cantoras Márcia Short e Márcia Freire, em um encontro nostálgico do axé antigo, do final dos anos 1980 e início de 1990. Para fechar a noite, já madrugada adentro, foi a vez do pagode romântico de Ferrugem, que recebeu Xande de Pilares.

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