O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou para a Justiça Eleitoral do Distrito Federal um pedido de inquérito apresentado pela Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi proferida em processo que corre sob segredo de Justiça.
A notícia-crime foi enviada ao STF no dia 25 de novembro de 2022 e pedia uma investigação contra o ex-presidente para apurar “fatos consistentes no suposto uso indevido de imagens de crianças e adolescentes em campanha política e em situações que incitaria o uso de armas”.
A decisão de Fux segue outros despachos adotados por ministros do Supremo em processos envolvendo Bolsonaro. No último dia 10, o tribunal enviou para a primeira instância outros 10 pedidos de investigação contra o ex-presidente por falta de foro.
Oito casos foram despachados pela ministra Cármen Lúcia, sendo cinco casos relacionados a declarações e ataques do ex-presidente contra ministros da Corte durante o 7 de setembro de 2021.
Os pedidos foram apresentados por parlamentares da oposição ao governo Bolsonaro e pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia. Em comum, o argumento de que o então presidente, ao atacar ministros do Supremo, estaria estimulando atos antidemocráticos.
O sexto processo é sobre uma motociata que Bolsonaro realizou em Orlando (EUA), em junho de 2022. Desde 30 de dezembro, o ex-presidente vive nos Estados Unidos, sem data para voltar.
Cármen também enviou para a primeira instância duas ações que apontavam suposto racismo de Bolsonaro a um homem negro que seria seu apoiador.
Além de Cármen, os ministros Edson Fachin e Luiz Fux também encaminharam para a primeira instância dois pedidos de investigação contra Bolsonaro. Ambos os casos foram enviados para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.
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