A quantidade fornecida ao Brasil pelos dois países em guerra foi insuficiente, levando o Brasil a buscar alternativas
Fonte: www.correiobraziliense.com.br
Do ponto de vista dos interesses do Brasil, a guerra impactou o fornecimento de fertilizantes para o agronegócio brasileiro. Rússia e Ucrânia estão entre os maiores fornecedores do insumo. Por isso, o encontro entre Mauro Vieira e Sergey Lavrov é visto com expectativa pelos produtores brasileiros, que enfrentam dificuldades – e preços mais altos – para adquirir fertilizantes. A quantidade fornecida ao Brasil pelos dois países em guerra foi insuficiente, levando o Brasil a buscar alternativas.
O país importa 85% dos fertilizantes de que precisa, principalmente potássio. Até a deflagração do conflito na Ucrânia, a Rússia respondia por 23% dessas importações. O aumento de preços no mercado internacional impacta na produção brasileira e, consequentemente, no preço dos alimentos no mercado interno, pressionando a inflação.
Outra commodity (produto primário cotado internacionalmente) que o Brasil comprava em grande quantidade dos russos é o trigo. Para suprir a redução das importações da Europa, o país recorreu, principalmente, à Argentina, que não consegue abastecer toda a demanda brasileira.
No campo das exportações, a Rússia é uma grande compradora de proteína animal, um mercado importante para a agropecuária brasileira. Um acordo internacional para restabelecer o fluxo de comércio com Rússia e Ucrânia é estratégico para o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chama de “interesses soberanos do Brasil”.
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