Ministro diz que PF não está mais “aparelhada a projetos políticos”

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Ministro da Secom, Paulo Pimenta comentou operação da PF que investiga integrantes de uma facção por planejar matar e sequestrar autoridades

Fonte: www.metropoles.com

“Essa é uma investigação que não aconteceu agora e que foi executada com sucesso, impedindo a possibilidade da consumação de um crime contra várias autoridades. A ação da Polícia Federal demonstra a importância de que nós possamos despolitizar essas instituições de Estado”, afirmou o ministro.

De acordo com senador e ex-ministro Sergio Moro (União-PR), ele era um dos alvos da facção. Até o momento, nove pessoas acabaram presas por envolvimento no plano.

Questionado sobre a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acerca de uma vingança contra Moro à época em que o petista ficou preso em razão da Operação Lava Jato, em Curitiba, Pimenta disse que os fatos não têm “vínculo” e estão “foram de propósito”.

“Não há qualquer nexo ou possibilidade de vínculo entre a manifestação do presidente Lula e a operação que foi realizada. Ele relatou um sentimento de justiça e de indignação, absolutamente natural e compreensível de alguém que ficou 580 dias detido numa solitária”, disse Paulo Pimenta.

“A manifestação do presidente Lula tem de ser compreendida dentro do contexto, no qual ele relata um momento que estava vivendo”, acrescentou.

Entenda a operação da PF

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, a Operação Sequaz, com o objetivo de desarticular o plano feito pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) de sequestrar e matar servidores públicos e autoridades, incluindo Sergio Moro e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).

Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos no Distrito Federal e em quatro estados: Rondônia, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Segundo as investigações da PF, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados estão nos estados de São Paulo e Paraná.

O PCC é uma facção comandanda por Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola. Em 2018, o promotor Lincoln Gakiya pediu a transferência de Marcola de São Paulo para um presídio federal. No início do ano seguinte, o chefe do PCC foi trazido para a Penitenciária Federal de Brasília.

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