“Era o que eu esperava”, diz Temer sobre afastamento de Bretas, que o prendeu na Lava Jato

O juiz federal Marcelo Bretas foi afastado do cargo após decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na terça-feira (28); ele é investigado por suspeita de parcialidade na condução da Operação Lava Jato no RJ

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse, em nota divulgada nesta quarta-feira (1º), que não ficou surpreso com a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de afastar o juiz federal Marcelo Bretas do cargo e abrir um processo administrativo para apurar sua conduta na Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

“Era o que eu esperava. A história costuma corrigir as versões quando elas não espelham os fatos”, declarou Temer em nota.

Foi bretas quem decretou a prisão de Michel Temer em 2019, no âmbito da Lava Jato. A acusação dizia que o ex-presidente havia recebido propina do grupo responsável pela obra da usina nuclear de Angra 3. Ele foi solto quatro dias depois.

Confira a íntegra da nota de Temer: A decisão do Conselho Nacional de Justiça, no caso do juiz Marcelo Bretas, em nada me surpreendeu. Era o que eu esperava. A história costuma corrigir as versões quando elas não espelham os fatos. Acima de tudo, o CNJ puniu o método que, até recentemente no Brasil, privilegiava a militância e as ambições pessoais em detrimento da Justiça. Isso é o que, como constitucionalista e ex-presidente da República, me tranquiliza. 

Afastamento de Bretas

Marcelo Bretas, juiz que conduziu a Operação Lava Jato do Rio de Janeiro, foi afastado do cargo após decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na terça-feira (28).

Um processo administrativo foi aberto por decisão unânime do Conselho para apurar se Bretas tinha excessiva proximidade com a ala política do Rio de Janeiro – incluindo políticos próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele é suspeito de parcialidade na condução da Operação Lava Jato no estado.

Seu afastamento do cargo de juiz foi decidido por 11 votos a quatro.

A representação que levou à abertura do processo administrativo pelo CNJ foi feita por advogados do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e se baseia em uma reportagem da revista Veja que traz uma série de suspeitas sobre a relação de Marcelo Bretas com os procuradores da Lava Jato no Rio de Janeiro. Ele é acusado, inclusive, de negociar delações premiadas mesmo sendo juiz.

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