Congressistas do União Brasil opositores a Lula encontram dificuldades para alinhar discursos após polêmica envolvendo ministro do partido
Fonte: www.metropoles.com
Deputados e senadores do União Brasil abertamente opositores ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda encontram dificuldades para alinhar o discurso após as recentes polêmicas envolvendo mais um dos três ministros do partido que integram a Esplanada dos Ministérios.
Pivô da mais recente crise do governo Lula, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que seguirá na titularidade da pasta ao menos por enquanto, tem provocado novo racha em um União Brasil já dividido entre apoiar o governo ou fazer oposição a ele.
Na Câmara, por exemplo, o deputado Kim Kataguiri (SP) tem defendido a convocação do ministro para prestar esclarecimentos sobre as polêmicas. Já no Senado Federal, opositores atuantes como o senador Sergio Moro (PR), algoz de Lula na Lava Jato, tem optado pelo silêncio.
A única manifestação uníssona das bancadas da Câmara e do Senado ocorreu apenas após a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, pedir o afastamento do titular das Comunicações.
Na Câmara, por exemplo, o deputado Kim Kataguiri (SP) tem defendido a convocação do ministro para prestar esclarecimentos sobre as polêmicas. Já no Senado Federal, opositores atuantes como o senador Sergio Moro (PR), algoz de Lula na Lava Jato, tem optado pelo silêncio.
A única manifestação uníssona das bancadas da Câmara e do Senado ocorreu apenas após a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, pedir o afastamento do titular das Comunicações.
Respaldo de Lula
Recentemente, Juscelino, conforme reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, utilizou voos da Força Aérea Brasileira (FAB) para fora de Brasília e recebeu diárias sem que estivesse atuando a serviço do governo. O ministro, na oportunidade, disse ter devolvido os valores e que não há irregularidades no caso.
As denúncias reveladas pelo jornal inflamaram uma nova crise envolvendo um ministro de Lula. Antes, o alvo havia sido Daniela do Waguinho, ministra do Turismo que também pertence ao União Brasil, e que foi acusada de ter recebido apoio de milicianos para se eleger deputada federal.
Diante da pressão política, Lula disse que Juscelino deveria deixar a Esplanada dos Ministérios caso não conseguisse provar sua inocência. No entanto, em reunião ocorrida nessa segunda (6/3), o presidente optou por respaldar o nome do ministro e deu sobrevida ao ex-deputado no governo.
Comissão de Ética vai apurar caso
A Comissão de Ética Pública da Presidência vai analisar as denúncias envolvendo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, na próxima reunião do colegiado, prevista para ocorrer em 28 de março.
O grupo é responsável por fiscalizar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, como ministros de Estado.
É de competência do colegiado apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo com as normas previstas.
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